quinta-feira, 19 de maio de 2011

PENÉLOPE
(Andrea Joy)

À espera ela ficou.
Cobiçada.
Desejada.
Atraente.
Resistente.
Solitária, continuou...

Dentro do peito, a esperança não feneceu,
De ter novamente, em seus braços, “Odisseu”.
A nenhum outro homem Penélope se entregou
E esperando seu grande amor, ela ficou.

Penélope, metáfora da espera,
Do silêncio, da clausura.
Ausente de loucura
Em sua dolente doçura.

Tal qual a musa de “Odisseu”
Necessariamente sou eu.
Permaneço a sonhar
Com o HOMEM que me fez amar.

Teço fio de planos.
Cada fio é um sonho.
Meu coração é o seu reino,
Meu corpo, dele é o leito.

Se aproxime, meu “Odisseu”!
Venha beber dos lábios meus
Esse desejo, esse néctar, esse vinho...

Quero entrar em sintonia com esse deus,
Brindar “Baco” ao luar,
Evocar a Zeus,
Fazer amor sobre a imensidão do mar.

Compor nossa melodia,
Fundir nossos corpos,
Dançar ao som da poesia.

E, rumo ao eterno,
Abraçarei o infinito.
Beijarei o Universo
Para ter você comigo.

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