segunda-feira, 23 de maio de 2011

CARTA DA PAPOULA AO POETA
(Andrea Joy)

Relendo nossas poesias, pude constatar com mais nitidez o que foi realmente a nossa história.
Hoje, em minha lucidez, vejo que apesar de já haver existido histórias como a nossa, trago em mim a certeza de que o que vivi ao teu lado foi a mais bonita delas.
Digo essas coisas por causa da magia que me envolveu naqueles momentos inebriantes em que a felicidade se consistia em eu estar algumas poucas horas em teus braços. Tu não fazes ideia do quanto fui feliz!... e essa felicidade perpetua até os dias atuais.
Lembro-me de cada olhar que trocamos, das palavras, dos murmúrios, enfim, de tudo que nos proporcionamos.
As lembranças que trago comigo teimam em se transformarem em esperanças de revivermos aqueles fantásticos momentos.
Quero que saibas que a tua imagem, o gesticular dos teus lábios e o teu jeito de andar ainda estão na minha memória; que trago em mim a tua essência.
Tu és a poesia mais linda que o “Cosmos” compôs para mim, a qual é lida todos os dias, horas e segundos como um ritual que traz a esperança, e que ilumina a vida de uma pobre sonhadora cujo sonho maior é ter-te definitivamente nos seus braços, outra vez.


Sua eterna Papoula.

domingo, 22 de maio de 2011

SIM, EU ME LEMBRO!...
(Jô, em 22/05/2011)

Como eu haveria de esquecer
Meu jeito tímido e o teu calado
Se naquela noite não pude deter
O ímpeto do teu “beijo roubado”?

Como não haveria de enternecer
Aqueles olhares apaixonados
Que trocamos ao anoitecer
Antes de estarmos ali abraçados?

Como não haveria de me lembrar
Do lirismo deixado no ar
Pelas nossas poesias desmedidas?...

Está difícil, também, esquecer
O que depois viria a acontecer:
A nossa traumática despedida!


sábado, 21 de maio de 2011

LEMBRAS?
(Andrea Joy)

Fomos dois apaixonados...
Teu jeito tímido e o meu “calado”,
E na calada da noite te beijei,
Lembras?

Nosso olhares confessando
O quanto nos queríamos
E como nos admirávamos,
Lembras?

As poesias desmedidas,
O lirismo em nossas vidas,
Minha alegria descarada
Quando eu queria só tu, e mais nada,
Lembras?

Quando nossos corpos se pertenceram,
Nossas bocas murmuraram,
Minha vaidade se aguçou
E a gente se amou,
Lembras?

Eu me lembro
Quando tudo “acabou”:
Olhos fixos no nada,
Minha boca amordaçada,
O peito cheio de dor!...

Hoje...
Ressurgi das cinzas
E qual fênix quero voar.
As lembranças são minhas asas;
O seu corpo, o meu lugar.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

PENÉLOPE
(Andrea Joy)

À espera ela ficou.
Cobiçada.
Desejada.
Atraente.
Resistente.
Solitária, continuou...

Dentro do peito, a esperança não feneceu,
De ter novamente, em seus braços, “Odisseu”.
A nenhum outro homem Penélope se entregou
E esperando seu grande amor, ela ficou.

Penélope, metáfora da espera,
Do silêncio, da clausura.
Ausente de loucura
Em sua dolente doçura.

Tal qual a musa de “Odisseu”
Necessariamente sou eu.
Permaneço a sonhar
Com o HOMEM que me fez amar.

Teço fio de planos.
Cada fio é um sonho.
Meu coração é o seu reino,
Meu corpo, dele é o leito.

Se aproxime, meu “Odisseu”!
Venha beber dos lábios meus
Esse desejo, esse néctar, esse vinho...

Quero entrar em sintonia com esse deus,
Brindar “Baco” ao luar,
Evocar a Zeus,
Fazer amor sobre a imensidão do mar.

Compor nossa melodia,
Fundir nossos corpos,
Dançar ao som da poesia.

E, rumo ao eterno,
Abraçarei o infinito.
Beijarei o Universo
Para ter você comigo.

sábado, 14 de maio de 2011

UM DIA, SOMENTE
(Andrea joy)

Traga a minha vida de volta.
Me abrace e nunca me solte!
Me aceite como sou.
Preciso de você, desse amor.
Eu tento, juro! Não quero invadir sua vida,
Mas sua vida me interessa,
Você é o meu objetivo maior.
Eu não quero morrer sem ter
O toque de suas mãos em meu corpo,
Sem seus beijos, sem ter você
Nem que seja por um dia somente!...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

TRANSCENDENTAL
(Andrea Joy)

Descobri que sou uma essência
Elaborada por você.
Não consigo ser de outro jeito.
Sou santa quando quero,
Profana quando bebo,
Solitária quando choro,
Triste quando penso em nós.
Penso como seria nossas vidas juntos,
Você me suportaria?
São 3:19 da manhã,
O Wisque me acompanha.
Talvez ele seja, agora, meu melhor amigo.
Você não bebe, não fuma. Só faz poesias.
E eu juro: queria me embriagar delas.
Nunca me senti tão amada
E nunca me permiti amar ninguém depois de você.
Você está em mim, feito cicatriz,
Feito alma, feito sombra...
Não consigo tirar você de mim.
Todos os dias encontro um motivo
Para pensar em você, nas coisas mais banais.
Ainda penso em você!
Sou sua, talvez sem você querer,
Mas quero pertencer-lhe, sempre!
Não é sexo, nada carnal.
O que eu sinto por você é tão sublime!
É transcendental...

quinta-feira, 31 de março de 2011

DEIXO
(Andrea Joy)

Vivo a espera desse amor!
Seja lá como for:
perto ou distante.

Te encontro nos meus sonhos,
Em cada verso que componho,
Nas melodias que ouço,
Nas horas em que sofro.

Na minha alma estão tuas digitais,
Que acalantam os meus ais,
Que confortam meu coração
Quando a saudade instiga a emoção.

Deixo-te me amar!
Onde quiseres, na terra, além mar.
Preciso de tua existência
Para sentir na minha vida tua presença.

segunda-feira, 28 de março de 2011

INDAGAÇÕES
(Andrea Joy)

O que preciso fazer para ter você?
Como devo proceder?
De que jeito tenho que viver?

O passado ainda insiste.
Revivo o amor que existe
Nesse coração
que explode de paixão
quando leio os versos seus!

Fale pra mim, vida minha,
Os seus segredos, os seus medos...
Trace para mim os caminhos
que me levarão a você.



Não há mais o que dizer.
Amor, paixão, querer...
Só uma certeza pulsa:
A vontade de ter você!

sábado, 26 de março de 2011

AMOR IMENSO
(Andrea Joy)

Com você deixei o meu coração
Inteiro, todo seu, sem fração.
Depois da entrega,
Não sei mais o que é amar
Tampouco o que é se entregar!

Minha vida vou levando,
E certamente esperando
O dia em que o destino for
Complacente com esse amor

Faço poesias e as leio,
Rasgo-as e depois me odeio,
Pois nelas está o que mais me faz viver:
Esse amor imenso por você!

quinta-feira, 24 de março de 2011

ESSENCIAL
(Andrea Joy)

Amei-te porque em ti
Minha impetuosidade
Encontrou freio,
Porque tua doçura temperou
A estupidez dos meus anseios
E tua fleuma encheu de paz
Minhas explosões.

Aprendi contigo que o silêncio,
Às vezes, é valioso.
Na tua placidez descobri
Mais um tesouro e no teu cerne,
A sábia voz da tua sapiência.


Amei o lirismo da tua fala,
A sedução do teu sorriso...
Amei tua doçura, tua prudência
E até tua timidez.
Amei o teu jeito estreme,
E na eternidade,
Te amaria igualmente.


Sensível, também amei a redoma
Que reserva o teu ser.
E assim, amei teu corpo,
Teus olhos, teu odor...
Amei em ti o que não fenece
E o que em ti há de fenecer.

Já não observo se tua omissão
É uma virtude ou uma moléstia,
Apenas submeto-me, inerte,
Ao plano do teu fadário,
Que me arreda de ti e me desapossa
Do meu Amor Essencial.