quinta-feira, 24 de março de 2011

ESSENCIAL
(Andrea Joy)

Amei-te porque em ti
Minha impetuosidade
Encontrou freio,
Porque tua doçura temperou
A estupidez dos meus anseios
E tua fleuma encheu de paz
Minhas explosões.

Aprendi contigo que o silêncio,
Às vezes, é valioso.
Na tua placidez descobri
Mais um tesouro e no teu cerne,
A sábia voz da tua sapiência.


Amei o lirismo da tua fala,
A sedução do teu sorriso...
Amei tua doçura, tua prudência
E até tua timidez.
Amei o teu jeito estreme,
E na eternidade,
Te amaria igualmente.


Sensível, também amei a redoma
Que reserva o teu ser.
E assim, amei teu corpo,
Teus olhos, teu odor...
Amei em ti o que não fenece
E o que em ti há de fenecer.

Já não observo se tua omissão
É uma virtude ou uma moléstia,
Apenas submeto-me, inerte,
Ao plano do teu fadário,
Que me arreda de ti e me desapossa
Do meu Amor Essencial.

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